Trombose Venosa Profunda (TVP) e Tromboembolismo Pulmonar (TEP) Durante Viagens

29 de agosto de 2025
Trombose Venosa Profunda (TVP) e Tromboembolismo Pulmonar (TEP) Durante Viagens

Longos voos, horas de estrada ou até viagens de trem e ônibus podem parecer apenas cansativos, mas escondem um risco sério: a formação de coágulos nas pernas que podem chegar até os pulmões. Essa complicação, conhecida como trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP), pode ser silenciosa - e até fatal. Neste artigo, você vai entender o que são essas condições, como reconhecê-las e, principalmente, como preveni-las.


O que são TVP e TEP?

  • Trombose Venosa Profunda (TVP): formação de um coágulo sanguíneo nas veias profundas das pernas ou coxas.
  • Tromboembolismo Pulmonar (TEP): quando o coágulo se desprende e vai até os pulmões, bloqueando o fluxo de sangue.


Ambas podem ser assintomáticas, mas também causar insuficiência respiratória, necrose tecidual e até morte.

Quem tem mais risco durante viagens?

Alguns fatores aumentam a probabilidade de TVP e TEP:

  • Viagens longas (mais de 4 horas) sem movimentação;
  • Idade ≥60 anos;
  • Histórico prévio de trombose ou embolia;
  • Obesidade;
  • Uso de anticoncepcionais hormonais ou reposição hormonal;
  • Gravidez ou pós-parto recente;
  • Cirurgias recentes, especialmente ortopédicas;
  • Câncer e quimioterapia;
  • Tabagismo;
  • Doenças inflamatórias crônicas;
  • Varizes importantes.


Mesmo quem não tem fatores de risco pode desenvolver trombose se ficar imóvel por tempo prolongado.



Sintomas: quando ficar em alerta

TVP:

  • Inchaço em uma perna (panturrilha ou coxa);
  • Dor ou sensibilidade local;
  • Pele avermelhada e quente;
  • Veias mais visíveis.


TEP (emergência médica):

  • Falta de ar súbita;
  • Dor no peito ao respirar;
  • Tontura ou desmaio;
  • Tosse com sangue;
  • Pulso acelerado.


Como é feito o diagnóstico?


TVP
:

Ultrassonografia com Doppler;


TEP:

Angio-tomografia arterial de tórax;

Cintilografia pulmonar (em alguns casos);
Ecocardiograma, eletrocardiograma, exames de sangue (BNP, troponina) - para avaliar gravidade.


Como prevenir a TVP durante viagens

  • Caminhar ou alongar-se a cada 1–2 horas;
  • Beber água e evitar álcool e cafeína;
  • Usar roupas leves e confortáveis;
  • Movimentar pés e tornozelos regularmente;
  • Usar meias de compressão se houver risco elevado;
  • Levantar-se sempre que possível.


Quem deve usar medicação preventiva?

Em situações de alto risco, o médico pode prescrever anticoagulantes profiláticos, como:

  • Heparina de baixo peso molecular (HBPM), como enoxaparina;
  • Anticoagulantes orais diretos (DOACs), como rivaroxabana ou apixabana.


A medicação preventiva não é indicada para todos e deve ser prescrita caso a caso.


Tratamento da TVP e do TEP


TVP:

  • Anticoagulantes por 3–6 meses;
  • Meias de compressão para evitar complicações crônicas.


TEP:

  • Internação hospitalar em casos moderados graves;
  • Anticoagulação por 3–12 meses;
  • Trombólise em situações de risco de vida;
  • Filtro de veia cava quando anticoagulantes não podem ser usados.


RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS PARA VOOS LONGOS

  • Viagens curtas (<4h): risco baixo, apenas medidas gerais.
  • Viagens longas (>4h): movimentação periódica, hidratação adequada, meias de compressão e, em alto risco, considerar medicação preventiva (agendar uma consulta pré-viagem)




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Paisagens congeladas, trilhas na neve, auroras boreais… viagens para destinos gelados podem ser incríveis — mas trazem riscos sérios para a saúde. Um dos principais perigos em regiões de frio intenso é o congelamento da pele e dos tecidos (conhecido como frostbite), uma condição que pode evoluir para necrose e amputações se não for tratada corretamente. Neste post, explicamos como o congelamento acontece, como se prevenir e o que fazer caso ocorra. O que é o congelamento? É uma lesão causada por exposição prolongada a temperaturas muito baixas, especialmente com vento forte e umidade. O frio extremo gera cristais de gelo dentro das células, diminui o fluxo sanguíneo e, com isso, pode levar à morte do tecido (necrose). Existem três níveis principais de gravidade: Frostnip (congelamento inicial): leve e reversível, com dormência e vermelhidão. Congelamento superficial: bolhas claras e dor intensa após o reaquecimento. Congelamento profundo: bolhas com sangue, necrose e risco de gangrena. Quem está mais vulnerável? Você está mais exposto ao risco de congelamento se: Viajar para locais com temperaturas abaixo de -4°C, principalmente com vento forte; Usar roupas inadequadas ou molhadas; Fumar, beber álcool ou tiver problemas circulatórios; Estiver em jejum, desidratado ou em esforço intenso sem proteção adequada. Como identificar o congelamento? Pele muito fria, pálida ou azulada, endurecida e insensível; Bolhas (claras ou sanguinolentas) após reaquecimento; Dor intensa na fase de descongelamento; Em casos graves, ausência de pulso capilar, necrose e sinais de infecção. Como prevenir? Use roupas apropriadas: em camadas, impermeáveis e com isolamento térmico. Luvas, meias grossas e proteção para o rosto são indispensáveis. Evite álcool e cigarro, que prejudicam a circulação. Faça pausas regulares para se aquecer em ambientes protegidos. Hidrate-se e alimente-se bem para manter o metabolismo funcionando adequadamente. Mantenha-se em movimento: ficar parado por muito tempo piora a circulação nas extremidades. O que fazer em caso de congelamento? 1. No local da exposição: Remova roupas molhadas e evite esfregar a pele afetada; Não tente reaquecimento se ainda houver risco de recongelamento; Aqueça a área com o próprio corpo ou em abrigo protegido. 2. Reaquecimento seguro: Imersão em água morna (37–39°C) por até 30 minutos; Use analgésicos, pois o processo pode ser doloroso; Evite calor direto como fogueiras ou aquecedores elétricos. 3. Tratamento hospitalar: Hidratação intravenosa e medicação para melhorar a circulação; Profilaxia para tétano; Em alguns casos, pode ser indicado o uso de oxigenoterapia hiperbárica (HBO) para salvar o tecido. 4. Cirurgias e complicações: Amputações só devem ser consideradas após semanas de observação; Complicações comuns incluem infecções, necrose, neuropatias crônicas e dor persistente.
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