Diabetes e Pré-Diabetes: o que você precisa saber
O diabetes é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo usa a glicose (açúcar) no sangue. Ele pode trazer sérias complicações quando não é bem controlado, mas também pode ser prevenido ou tratado de maneira eficaz com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.
O pré-diabetes, por sua vez, é um sinal de alerta. Nessa fase, os níveis de açúcar já estão acima do normal, mas ainda não são altos o suficiente para o diagnóstico de diabetes. Mesmo assim, o risco de desenvolver a doença e de ter problemas no coração ou nos rins já começa a aumentar.
Quem deve fazer exames?
Nem todo mundo precisa se testar o tempo todo. Mas há situações em que é importante investigar:
Adultos:
- A partir dos 35 anos, todos devem ser avaliados.
- Antes disso, se houver fatores de risco como: excesso de peso, pressão alta, colesterol alto, histórico familiar de diabetes, sedentarismo, ovários policísticos, acantose nigricans (manchas escuras na pele), entre outros.
Crianças e adolescentes:
- Quando estiverem acima do peso e tiverem algum fator de risco associado.
Como é feito o diagnóstico?
Para confirmar o diabetes, o ideal é repetir o exame em duas ocasiões diferentes ou usar dois métodos distintos:
- Hemoglobina glicada (HbA1c) acima de 6,5%
- Glicemia de jejum acima de 126 mg/dL
- Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com valor acima de 200 mg/dL
- Glicemia ao acaso acima de 200 mg/dL em quem já apresenta sintomas
Novidade importante: um exame de 1 hora após o TOTG (glicemia ≥ 209 mg/dL) também já pode confirmar o diagnóstico, segundo atualização recente.
E o pré-diabetes?
Acontece quando:
- A glicemia de jejum está entre 100 e 125 mg/dL
- A hemoglobina glicada está entre 5,7% e 6,4%
- Ou o teste de 1 hora após o TOTG fica entre 155 e 208 mg/dL
Mesmo sem ser “diabetes”, essa fase já aumenta muito o risco futuro e exige cuidados.
Como prevenir a progressão?
O pré-diabetes pode regredir — ou pelo menos não evoluir — com mudanças no estilo de vida:
- Alimentação saudável e perda de peso
- Atividade física regular (pelo menos 150 minutos por semana)
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de metformina, principalmente se o paciente tiver menos de 60 anos, obesidade ou histórico de diabetes gestacional.
Tratamento do Diabetes Tipo 2
O tratamento começa sempre com mudança de hábitos, mas também pode incluir medicações, conforme o caso:
- Metformina: costuma ser a primeira opção.
- Medicamentos modernos (como os iSGLT2 e os análogos de GLP-1): ajudam no controle do açúcar e também protegem o coração e os rins.
- Insulina: pode ser necessária quando os níveis de açúcar estão muito altos ou quando outras opções não foram suficientes.
Cada pessoa precisa de um plano individualizado, que leve em conta idade, histórico familiar, outras doenças, peso, estilo de vida e até mesmo preferências pessoais.
O que monitorar?
Mesmo com o tratamento, o cuidado com o diabetes é contínuo. É importante manter exames em dia para evitar complicações:
- Coração: controlar pressão, colesterol e parar de fumar.
- Rins: verificar a função renal e proteína na urina.
- Olhos: fazer exames periódicos de fundo de olho.
- Pés: examinar e cuidar para evitar feridas e infecções.
- Saúde bucal: acompanhar de perto com o dentista.



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Responsável técnico Dr. Gustavo Amarante Rodrigues | CRM-SP 170739 | RQE 87982.