Diabetes e Pré-Diabetes: o que você precisa saber

11 de junho de 2025
Diabetes e Pré-Diabetes: o que você precisa saber

O diabetes é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo usa a glicose (açúcar) no sangue. Ele pode trazer sérias complicações quando não é bem controlado, mas também pode ser prevenido ou tratado de maneira eficaz com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.


O pré-diabetes, por sua vez, é um sinal de alerta. Nessa fase, os níveis de açúcar já estão acima do normal, mas ainda não são altos o suficiente para o diagnóstico de diabetes. Mesmo assim, o risco de desenvolver a doença e de ter problemas no coração ou nos rins já começa a aumentar.


Quem deve fazer exames?

Nem todo mundo precisa se testar o tempo todo. Mas há situações em que é importante investigar:

Adultos:

  • A partir dos 35 anos, todos devem ser avaliados.

  • Antes disso, se houver fatores de risco como: excesso de peso, pressão alta, colesterol alto, histórico familiar de diabetes, sedentarismo, ovários policísticos, acantose nigricans (manchas escuras na pele), entre outros.

Crianças e adolescentes:

  • Quando estiverem acima do peso e tiverem algum fator de risco associado.

Como é feito o diagnóstico?

Para confirmar o diabetes, o ideal é repetir o exame em duas ocasiões diferentes ou usar dois métodos distintos:

  • Hemoglobina glicada (HbA1c) acima de 6,5%
  • Glicemia de jejum acima de 126 mg/dL
  • Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com valor acima de 200 mg/dL
  • Glicemia ao acaso acima de 200 mg/dL em quem já apresenta sintomas

Novidade importante: um exame de 1 hora após o TOTG (glicemia ≥ 209 mg/dL) também já pode confirmar o diagnóstico, segundo atualização recente.


E o pré-diabetes?

Acontece quando:

  • A glicemia de jejum está entre 100 e 125 mg/dL
  • A hemoglobina glicada está entre 5,7% e 6,4%
  • Ou o teste de 1 hora após o TOTG fica entre 155 e 208 mg/dL

Mesmo sem ser “diabetes”, essa fase já aumenta muito o risco futuro e exige cuidados.


Como prevenir a progressão?

O pré-diabetes pode regredir — ou pelo menos não evoluir — com mudanças no estilo de vida:

  • Alimentação saudável e perda de peso
  • Atividade física regular (pelo menos 150 minutos por semana)
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de metformina, principalmente se o paciente tiver menos de 60 anos, obesidade ou histórico de diabetes gestacional.


Tratamento do Diabetes Tipo 2

O tratamento começa sempre com mudança de hábitos, mas também pode incluir medicações, conforme o caso:

  • Metformina: costuma ser a primeira opção.
  • Medicamentos modernos (como os iSGLT2 e os análogos de GLP-1): ajudam no controle do açúcar e também protegem o coração e os rins.
  • Insulina: pode ser necessária quando os níveis de açúcar estão muito altos ou quando outras opções não foram suficientes.

Cada pessoa precisa de um plano individualizado, que leve em conta idade, histórico familiar, outras doenças, peso, estilo de vida e até mesmo preferências pessoais.


O que monitorar?

Mesmo com o tratamento, o cuidado com o diabetes é contínuo. É importante manter exames em dia para evitar complicações:

  • Coração: controlar pressão, colesterol e parar de fumar.
  • Rins: verificar a função renal e proteína na urina.
  • Olhos: fazer exames periódicos de fundo de olho.
  • Pés: examinar e cuidar para evitar feridas e infecções.
  • Saúde bucal: acompanhar de perto com o dentista.

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Tombose venosa e Embol
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Longos voos, horas de estrada ou até viagens de trem e ônibus podem parecer apenas cansativos, mas escondem um risco sério: a formação de coágulos nas pernas que podem chegar até os pulmões. Essa complicação, conhecida como trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP), pode ser silenciosa - e até fatal. Neste artigo, você vai entender o que são essas condições, como reconhecê-las e, principalmente, como preveni-las. O que são TVP e TEP? Trombose Venosa Profunda ( TVP ): formação de um coágulo sanguíneo nas veias profundas das pernas ou coxas. Tromboembolismo Pulmonar ( TEP ): quando o coágulo se desprende e vai até os pulmões, bloqueando o fluxo de sangue. Ambas podem ser assintomáticas, mas também causar insuficiência respiratória, necrose tecidual e até morte. Quem tem mais risco durante viagens? Alguns fatores aumentam a probabilidade de TVP e TEP: Viagens longas (mais de 4 horas) sem movimentação; Idade ≥60 anos; Histórico prévio de trombose ou embolia; Obesidade; Uso de anticoncepcionais hormonais ou reposição hormonal; Gravidez ou pós-parto recente; Cirurgias recentes, especialmente ortopédicas; Câncer e quimioterapia; Tabagismo; Doenças inflamatórias crônicas; Varizes importantes. Mesmo quem não tem fatores de risco pode desenvolver trombose se ficar imóvel por tempo prolongado. Sintomas: quando ficar em alerta TVP : Inchaço em uma perna (panturrilha ou coxa); Dor ou sensibilidade local; Pele avermelhada e quente; Veias mais visíveis. TEP ( emergência médica ): Falta de ar súbita; Dor no peito ao respirar; Tontura ou desmaio; Tosse com sangue; Pulso acelerado. Como é feito o diagnóstico? TVP : Ultrassonografia com Doppler; TEP : Angio-tomografia arterial de tórax; Cintilografia pulmonar (em alguns casos); Ecocardiograma, eletrocardiograma, exames de sangue (BNP, troponina) - para avaliar gravidade. Como prevenir a TVP durante viagens Caminhar ou alongar-se a cada 1–2 horas; Beber água e evitar álcool e cafeína; Usar roupas leves e confortáveis; Movimentar pés e tornozelos regularmente; Usar meias de compressão se houver risco elevado; Levantar-se sempre que possível. Quem deve usar medicação preventiva? Em situações de alto risco, o médico pode prescrever anticoagulantes profiláticos, como: Heparina de baixo peso molecular (HBPM), como enoxaparina ; Anticoagulantes orais diretos (DOACs), como rivaroxabana ou apixabana . A medicação preventiva não é indicada para todos e deve ser prescrita caso a caso. Tratamento da TVP e do TEP TVP : Anticoagulantes por 3–6 meses; Meias de compressão para evitar complicações crônicas. TEP : Internação hospitalar em casos moderados graves; Anticoagulação por 3–12 meses; Trombólise em situações de risco de vida; Filtro de veia cava quando anticoagulantes não podem ser usados. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS PARA VOOS LONGOS Viagens curtas (<4h) : risco baixo, apenas medidas gerais. Viagens longas (>4h) : movimentação periódica, hidratação adequada, meias de compressão e, em alto risco, considerar medicação preventiva ( agendar uma consulta pré-viagem )
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